8.06.2019

UM JEITO NOVO DE “VER” E “VIVER”: DOCUMENTÁRIO SOBRE PESSOAS QUE ADQUIRIRAM PERDA DE VISÃO, DESAFIOS, ENFRENTAMENTO E RESSIGNIFICAÇÃO DE VIDA


Considerando o Ser Humano o objeto de estudo da Psicologia como um ser global o projeto tem como objetivo compreender alguns fenômenos que ocorrem em seu viver, para esclarecimento de algumas situações. Devido a complexidade humana, nem sempre haverá respostas para tantos questionamentos, levando em conta o fator individualidade.

A partir do tema “Um Jeito Novo de “VER” e “VIVER”, pensou-se abordar como o Ser Humano é capaz de enfrentar, de refazer-se e de adaptar-se em sua história de vida e reorganizar a sua identidade, após a perda da visão.

A perda da visão adquirida acarreta outras perdas causando a falta efetiva de sentido, antes inclusos na sociedade, e como ressignificar esse viver.

Através de entrevistas e pesquisas bibliográficas, procurando contextualizar para compreender e esclarecer os fenômenos físicos psíquicos e sociais de indivíduos e a sua inserção a nova realidade, a pesquisa trará uma reflexão sobre esse Ser essencialmente interativo. Mas como o indivíduo é único, é um ser com o mundo, para o mundo, com o outro, ser consigo mesmo, responsável por suas escolhas e ciente de seus próprios recursos, é preciso entende-lo, vê-lo como um todo, é preciso apreender suas emoções pensamentos, atitudes. Assim mostraremos esse “Ser Integral”, como age, como reage, como se faz, como se refaz e se transforma após ser acometido por uma Neuropatia Óptica Hereditária.

A proposta consiste em definir sobre a Neuropatia Óptica de Leber, como é geneticamente transmitida, a importância do acompanhamento psicológico ao indivíduo e familiares. Demonstrar a parte fisiológica do Sistema Ocular como a neuropatia afeta o órgão responsável pela visão. Com base na psicologia fenomenológica existencial serão abordados alguns fatores que influenciam no comportamento do indivíduo e os aspectos psicossociais que possivelmente ocorrerá, serão descritos.

De acordo com Tuttle (1996), a perda de visão manifesta uma série de implicações para a manutenção pessoal, doméstica, para as deslocações, para a leitura e a escrita, para o emprego e lazer.

Fez-se necessário distinguir as consequências psicossociais que agrupam implicações sociológicas e psicológicas. Em relação a essas, podemos citar o afastamento social, atitudes estereotipadas tanto das pessoas que veem como das que não veem. Houve a necessidade de um processo de ajustamento pessoal e social, a importância do autoconceito e da autoestima nesse processo.

A visão é um dos principais sentidos pois esse possibilita que os seres percebam com maior ou melhor exatidão o mundo que o cerca. Sendo assim a perda da visão principalmente para aquele que há possuía, traz para esse indivíduo outras perdas, psicológicas, sociais econômicas, enfrentam problemas que afetam a qualidade de vida, Segundo Pelechano (1995). São perdas que implicam na personalidade como um todo.

Pretende-se entender esse processo pelo qual o indivíduo se depara com a perda de visão. Para Dodds (1991) prefere ver como processo em vez de um ponto final. Aceitação seria outro conceito a ser utilizado quando se trata de lidar com a perda de visão adquirida. Estudos realizados por Pearlman e Ruth (1980) sobre a cegueira adquirida, sugeriram que as reações típicas a este acontecimento traumático seriam constituídas por três grandes fases: choque, depressão e recuperação.

É preciso compreender como o indivíduo lida com essa nova situação e como poderá desenvolver mecanismos e recursos para se adaptar e “VER”, e querer Viver a vida se transformando, se refazendo e construindo ou reconstruindo um mundo novo, no qual ele possa voltar a fazer parte, continuar a desenvolver sua identidade, já que essa não é estática ela se constrói nas relações sociais. A identidade é a consciência que o Ser tem de si mesmo. Se perdeu, tem que ser encontrada, reconstruída para ter significado na vida, dando sentido ao seu viver.

ESPORTE, CORPO E MENTE - O DIÁLOGO ENTRE DIVERSAS ÁREAS


Esporte: corpo e mente serão apresentados neste trabalho de forma a integrar diversas áreas, sendo elas respectivamente: Bases Morfofisiológicas do Sistema Nervoso (BMF), Genética, Fenomenologia e Psicossociais. Embora as disciplinas tenham focos diferentes e estudem as relações entre o sujeito e o esporte de forma fragmentada, é de fundamental importância entender essas relações de forma multifacetada sendo este o objetivo final deste trabalho. Esta abordagem multifacetada abordará a história do esporte e sua relação com a sociedade e o corpo. Será abordado também os benefícios e malefícios da prática do esporte com ênfase nos aspectos comuns a todos e a visão da experiência do sujeito com o intuito de recuperar o sentido atribuído ao esporte. É necessária essa visão integrada, já que a prática esportiva engloba diversos aspectos, pois, o sujeito não é só gênero, biótipo ou mente, o sujeito e suas práticas são biopsicossocial.

A RELAÇÃO ENTRE A CAATINGA E O SERTANEJO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.


Historicamente, o Nordeste foi a primeira região do país a ser ocupada pelos portugueses, assim como sua costa foi também a primeira área a ser explorada. Porém, somente cento e dez anos após as primeiras caravanas chegarem ao Brasil, a Caatinga foi povoada por colônias Holandesas, que travava uma luta com Franceses para obter o domínio de terras, que posteriormente, tornou-se grande potência econômica em função da cana de açúcar. Hoje, além de todos os fatores citados acima, a Caatinga revela-se para a nação como uma preciosidade, representando o único bioma exclusivamente brasileiro, em vasta extensão territorial, rica em fauna e flora, além de ser contemplada com o maior e um dos principais afluentes aquíferos nacional, o rio São Francisco.

Apesar de toda essa riqueza, a área que compreende a Caatinga também enfrenta dificuldades, pois sofre com a escassez de água, devido o curto período de chuvas, e as desigualdades socioeconômicas referente ao restante da nação. Por esse fator, o Sertanejo procurou aproveitar da melhor maneira o que lhe era oferecido por sua região, investigando, experimentando e conhecendo cada planta, animal ou aparato encontrado no sertão, sendo retratado como ser forte e resistente, que não se limita aos conceitos e rótulos imposto pela sociedade.

Diante disso, percebe-se a intimidade que o Nordestino nutre pelo seu território, mesmo diante das dificuldades. Visando explanar ainda mais o conhecimento científico e popular, o presente trabalho busca experienciar com o aluno através da prática diretamente em campo, o quão rica é a Caatinga, mediante suas próprias investigações, pois, segundo Rogers (1985) é pelo contato que se educa, sendo assim, o professor deve ser um educador-facilitador, aquela pessoa realmente presente para seus diversos alunos. O educador não deve adotar um único modelo para facilitar o aprendizado, é interessante colocar os interesses dos alunos em primeiro plano, configurando assim, um método que consiste não só em o aluno seguir apreendendo a aprender, como também em o professor conseguir ser um facilitador dessa aprendizagem de forma singular e livre, com autenticidade, aceitação, confiança tanto em si como no aluno e na compreensão empática.

UM OLHAR SOB A SÍNDROME DE TOURETTE


Os sintomas do que hoje se conhece como a Síndrome de Tourette (ST) foram descritos em uma paciente pela primeira vez no ano de 1825, pelo médico francês Jean Marc Gaspard Itard. Mas foi somente em 1884 que a patologia recebeu essa nomenclatura, quando o estudante e interno do Hospital de La Salpêtriére, Georges Albert Édouard Brutus Gilles de la Tourette, descreveu mais de oito casos de tiques múltiplos, motores e vocais.

STEPHEN HAWKING: CONVIVENDO COM A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA


É uma perda de tempo ficar irritado com a minha deficiência. As pessoas não vão ter tempo para você se você está sempre irritado ou reclamando.
Stephen Hawking

Este trabalho tem como objetivo integrar os saberes de quatro disciplinas do curso de Psicologia, 2º semestre, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). As áreas de conhecimento são: Fenomenologia Existencial I, Bases Morfofisiológicas do Sistema Nervoso, Psicologia Social e Genética. A temática abordada é a vida Stephen Hawking, físico teórico britânico que se tornou um dos maiores cientistas contemporâneo, sendo responsável por grande parte das descobertas relacionadas à astrofísica moderna.

Na juventude, Stephen fora diagnosticado com uma doença degenerativa (Esclerose Lateral Amiotrófica), que paralisaria seus músculos, comprometeria o desempenho do seu corpo, fala, e provocaria sua morte prematura. Ao saber da doença, Jane, já apaixonada, se casa com Stephen, e se propõe a ajudá-lo e amá-lo independentemente do tempo que pela medicina foi dado.

O filme “A Teoria de Tudo”, lançado no Brasil em 2015, retrata a vida do físico, trazendo episódios do antes e depois do surgimento da doença degenerativa. Também apresenta o romance de Hawking com Jane (sua esposa), que lhe deu forças para prosseguir nas teorias.

DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE



As distrofias musculares progressivas (DMP) constituem um grupo de doenças de caráter genético e degenerativo, caracterizadas por seu comprometimento grave, progressivo e irreversível da musculatura esquelética do indivíduo, trazendo danos à capacidade motora e desenvolvimento à fraqueza muscular.

LEUCODISTROFIA: UM OLHAR PARA A ADRENOLEUCODISTROFIA




As leucodistrofias são doenças progressivas, geneticamente determinadas, que afetam o sistema nervoso em decorrência de alterações na bainha de mielina (estrutura que reveste as células nervosas). Muitos são os genes que atuam nos diferentes passos do processo de mielinização dos neurônios. Em virtude da heterogeneidade genética, o grupo das leucodistrofias comporta vários padrões de herança, como a herança autossômica recessiva e dominante, além da herança ligada ao cromossomo X. Cada um destes padrões de herança corresponde a riscos de recorrência da doença muito diferentes, o que reforça a importância do aconselhamento genético para o paciente e seus familiares (USP, 2019).

Dentre uma série de leucodistrofias já catalogadas, tais como a doença de Refsum e a Síndrome de Zellweger, encontra-se a adrenoleucodistrofia, também chamada de ALD. Esta doença acomete o sistema nervoso central e as glândulas adrenais (suprarrenais), que se localizam acima dos rins e são fundamentais para a liberação de importantes hormônios. A ALD ficou conhecida como “Doença de Lorenzo”, em virtude do menino Lorenzo Odone, cujos pais buscaram incessantemente pela cura do mal que acometia seu filho. Essa história tornou-se bastante conhecida pelo grande público na década de 1990, em virtude do filme hollywoodiano nela inspirado, intitulado “Lorenzo's Oil” (no Brasil, “O Óleo de Lorenzo”).

Este trabalho tem como objetivo abordar as leucodistrofias, dando ênfase à adrenoleucodistrofia. O tema foi escolhido justamente a partir do filme, dirigido por George Miller, em que se retrata a emocionante busca dos pais do menino Lorenzo, diagnosticado com ALD, para salvar a sua vida. A adrenoleucodistrofia é uma doença genética cuja forma mais frequente é de doença recessiva ligada ao cromossomo X, que afeta diretamente a metabolização dos ácidos graxos de cadeia longa. Esse processo faz com que ocorra um acúmulo no Sistema Nervoso Central e, especificamente, no encéfalo, o que provoca a destruição da bainha de mielina e do axônio dos neurônios.

Dessa forma, como mostrado no filme, o indivíduo acometido pela adrenoleucodistrofia começa a se degenerar progressivamente, o que afeta de variadas maneiras não apenas a sua vida e saúde, mas a sua família e os que com ele se relacionam de alguma maneira, como familiares e amigos. Diante do exposto, é necessária uma análise da ALD a partir de um olhar fenomenológico, pensando nesse ser como um indivíduo que está inserido em um mundo social, e como as pessoas que estão em sua volta (como seus pais, por exemplo) são afetadas. É o que se pretende discutir, por meio do presente Trabalho Integrado.


ESQUIZOFRENIA EM UMA PERSPECTIVA MULTIDISCIPLINAR


A esquizofrenia é um transtorno que afeta a capacidade do indivíduo de pensar, sentir e se comportar com clareza. Sua etiologia e fisiopatologia ainda continua uma incógnita. Supõem-se que podem estar associadas a fatores ambientais, e mudanças físicas e químicas no encéfalo. Diante do distúrbio vivenciado por 1 a cada 100 pessoas, sendo 1% da população mundial acometida, o preconceito, o estereotipo e o estigma se faz presente contribuindo para a exclusão e adoecimento desse indivíduo. A inclusão se dá por meio de tratamentos psicossociais tanto para a família como para o acometido, para lidar melhor com o transtorno e com a vivencia em sociedade.
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